sexta-feira, 15 de outubro de 2010

CABECEIRA
(Ana Cristina Cesar)
Intratável.
Não quero mais pôr poemas no papel nem a dar a conhecer a minha ternura.
Faço ar de dura, muito sóbria e dura, não pergunto "da sombra daquele beijo que farei?"
É inútil  ficar à escuta ou manobrar a lupa da adivinhação.
Dito isto o livro de cabeceira cai no chão.
Tua mão que desliza  distraidamente? sobre a minha mão.


Foto: Andréa Haddad





 







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