Estou olhando e não lhe enxergo...
Numa busca frenética pela sala minha cabeça se desmancha pelo teu cheiro...
Como rio caudaloso, sinto tua presença insana e profunda em minha corrente sanguínea.
Numa busca frenética pela sala minha cabeça se desmancha pelo teu cheiro...
Como rio caudaloso, sinto tua presença insana e profunda em minha corrente sanguínea.
O que é você em mim, essa fantasmagoria,
esse descaso, essa doçura que me arrebata a boca e conduz em minha pele um
desejo daquilo que não mais será...
Onde estive enquanto tu me afagavas as coxas
e alma... Devaneando a insana razão de não ser tudo em ti e para ti.
Hoje tocas no escuro de meu buraco negro,
esse devorador magnético de tudo que não me importei.
Fatalidade de quem carrega nos braços o
germe da solidão e do abandono de si mesmo, de suas mais delicadas palavras e
ações.
Tu viestes assim na manhã serenada da lua,
abrindo clareira e picada em minha densidade humana.
Hoje me cala fundo a presença de sua eterna
falta!