sexta-feira, 23 de agosto de 2013

 

Foto: Andréa Haddad  - Ago/2013
Entre Lapinha da Serra e Santa do Ricaho em Minas Gerais


Nossa Senhora do Ó! Dai-me conhecer meus limites sempre!
Como é que sou brasielira inteira e viva até hoje não entendo....
Estou na poeira, no limbo longe de ser especialista em qualquer coisa, menos ainda conhecedora de cousa alguma que mereça atenção...
Na poeira ando encontrando o substrato da vida, os minúsculos secretos para ser da cor do céu quando o pôr solar exige...
Mas ainda nem sei do que é mesmo que estou a prosear...
Por hora mesmo me consome a rudeza de ser gente e a dúvida enterna de ser bicho insconciente...
Preservada a história me restam as migalhas deixadas pelo ontem em saber de onde vim pra onde vou e como
irei...
Com quem eu já sei. Você, é você, leitor desavisado de letras tortas que habitam meu povoado interno.
No trecho estreito da estrada entre o pó "vermeim" e o barranco, a lua cria agudeza em minahs juntas amolecidas de carregar seculares dores desde bem antes, lá de trás dos montes...
No caminho a sutileza em "Sempre-Vivas" a me dizer que o amor está em tudo e todos...
Cabeça quieta pendendo sob o pescoço, carro acelerado, pernas flácidas dobradas...
Poetar é labuta diária, dura e mui frágil. Essa labuta que me exponhe e lança espraiada no tempo sereno da noite vindoura...
Eu nasci aqui nas Minas agudas de minérios, pedras cristalinas, flores e sulfrágios...

 
"Tempo, tempo, tempo(...) Caetano Veloso