quinta-feira, 12 de maio de 2011

AS COISAS MUDAS QUE MACHUCAM




Renne Magrite, Os Amantes



O tempo anda de soslaio e a vida caminha sem auxílio pela calçada...
Não se sabe ao certo a passagem do próximo cometa...
Lenta é a batida ruminante de um coração encorajado pela vibração da onda alheia.
Os olhos são janelas da alma, essas que carregam esconderijos e terras nunca dantes visitadas.
O mundo é alheio a altura do som intenro em descompasso.
Como saber a hora certa de sair;
Em qual buraco não cair;
De qual penhasco abrir as asas e se lançar na maciez de mãos que afagam o vento.
A verdade mora no angulo de movimentos e ações
Quem sabe um dia encontrarás a solução de viver entre migalhas e lençois, entre pernas e sóis...


As coisas mudas machucam muito mais, são forças invisíveis, criam rastros e soluços entre minhas mãos e suas lágrimas...