sexta-feira, 5 de novembro de 2010

ESPREITA

Fotot: Ribeiro (www.olhares.com)
Texto: Andréa Haddad


Meus lábios estão gelidos; a luz do dia encolheu-se sob as nuvens.

Tua inconsciência me adorna a alma de cores e movimentos.

Na sanidade da manhã minhas entranhas anunciam o tempo incomodado...

Pela fresta da porta escorre lento o último segundo de vento que alvoroça a poeira no ar.
 
O tempo anda silencioso entre as amoras e pessegueiros, seus olhos espreitam junto da lua divina.